domingo, 18 de setembro de 2011

Intelectual e ficcionista

Jean Paul Sartre, ensaísta, filósofo, ficcionista e dramaturgo , autor do célebre livro “ O ser e o nada” e também do não menos famoso “ A náusea”, livro este que o lançou no mundo intelectual. Considerado um dos nomes mais importantes da intelectualidade francesa, famoso por seu relacionamento com a escritora Simone de Beauvoir, Sartre, foi militante de esquerda e sempre questionou os valores burgueses engendrados na sociedade francesa que , segundo ele, impedia a democracia, ou seja, o direito de todos os cidadãos franceses terem uma vida digna.
            “O Muro “ foi escrito pouco antes da Segunda Guerra Mundial, nas cinco narrativas deste livro, Sartre critica a existência burguesa e seu esforço para manter-se no poder, é uma crítica radical dos valores vigentes, os preconceitos . É uma crítica à falta de compromisso da burguesia com a realidade,aos preconceitos raciais e sexuais, como se estivesse antevendo o que todo esse poder acumulado pela farsa da burguesia poderia levar, ou seja, ao caos , a guerra. Sua preocupação com a moral, estética e literária ficam claras nas narrativas , bem como  o seu “ existencialismo” ou seja , o homem como princípio e fundamento para a solução dos problemas que o aflige.
            As obras de Sartre sempre me causaram curiosidade e me faziam praticamente “devorar “ seus livros, e tudo começou com “ A idade da razão”, impressionante com sua temática, especialmente em “O Muro” permanece atual, ao falar de vários preconceitos impregnados na sociedade, e a maneira como certas camadas da sociedade ainda tenta manipular a maioria para manter seu status e poder.

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